Agradeço ao
tempo por pintar os meus cabelos,
Por mudar os
meus desejos, me reconstruir.
Agradeço à vida
o segredo desses anos,
Que maduram os
meus planos, por me descobrir.
Tanto assim,
que reconheço o brilho em mim,
Toda dádiva que
é ser filho de Deus.
Agradeço ao
tempo pelo bailado dos fatos,
Afinado com meus
atos a me definir
Agradeço à vida
pelo cansaço da lida,
Por encontros e
partidas a me conduzir.
Tanto assim,
que já não me contenho em mim,
Sou remanso que
deseja agora o mar.
Sei que eu sou
semeador,
Colhendo as
venturas, plantadas por mim,
Sei que eu sou
um viajor
De vidas,
veredas, estrelas sem fim.
Que as miragens
do deserto vão se dissipar,
O futuro é bem
certo: sublimar!
Sei que eu sou
um pescador
De dramas e
glórias, lançadas por mim.
Sei que eu sou
fonte de amor,
Sou sal da
terra,
Eis-me aqui,
Senhor!
Tanto assim,
tanto assim!