Eu sou um de nós
Remorso e aflição
Um canto sem voz
Silêncio em confissão

Sou um réu entre os réus
Tu és o Rei dos reis, Meu Senhor

Um lobo, um redil
E o pecado traidor
Vê que arde o ardil
Sou deserto, um desertor

Ai de mim que junquei
O joio condenado

 “A que vens, amigo?”
Tua calma, assim, falou,
Da minha condição, do meu temor, do meu revés

Enfim, aqui venho, amigo
Banhar-me em teu perdão
Se a leira aguarda a lira, então, meus pés
Hão de plantar tua voz

Eu honrarei o labor
O santo lábaro da paz
O vexilo brande a cruz audaz
Tremula o teu amor

Senhor, serei teu rouxinol
O arauto da manhã
Nas trevas clamarei o sol
Hei de ver brilhar tua glória em meu corpo
Fogo e luz

Por ti caminharei
És rota de ascensão
Jesus, guia meu coração