Meu coração Tão ferro em brasa Sonha liberdade pra voar
Prefiro assim O aço das rochas cortando os meus pés O açoite do vento testando minha fé Tão crepuscular Prefiro assim A pele ardendo sob a luz deste dia Tão solar Ao invés do sereno tumular
Prefiro assim O gelo da chuva cerrando os meus dentes O gosto amargo desta aguardente Tão vulgar Prefiro assim O vozerio de toda essa gente Deste lugar Ao invés do silêncio Tumular
Porque, assim, Como o casulo nas dores do parto Eu teço asas, e de sonhos me farto, E me entrego à orgia Da nova manhã.
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