Ele postou-se defronte Ao boteco da Rua Ladário Vestia o azul da antiga Camisa tirada do armário Dentro do peito, batia, Doído, um coração solitário, Sem esperança, queria, Dar fim ao seu luto diário.
Eram três horas da tarde E a chuva tudo umedecia Mas era noite avançada Naquele peito que doía Brilhava o brilho covarde No olhar que anoitecia Daquele homem de meia-idade Tomado pela agonia
Em outros tempos a chuva Seria também alegria Mas desta vez era gelo Causando asfixia Se abrisse os olhos da alma Veria que o coração é o guia Nesse luta diária Que afronta e desafia
Da sombra, seu anjo guardião, Tocando em seu ombro dizia, Lembre dos lírios do campo Na sua solidão vadia... Nem mesmo o Rei Salomão Tão rico, tinha tanta alegria, Aos Sós, Deus deu o tesouro, Da Arte e da Poesia!
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