Índio velho andou, andou, andou,
Pisou por estas terras pisou, pisou,
Andou pelas cascatas, andou, andou,
Só tirou bicho do mato pra sobreviver
Pra sobreviver
Índia velha andou, andou, andou,
Pisou por estas terras pisou, pisou,
Gerou pelas cascatas gerou, gerou,
O filho verde das matas gerou, gerou,
Índia moça andou, andou, andou,
Pisou por estas terras pisou, pisou,
Se banhou pelas cascatas se banhou, se banhou,
E comeu fruta do mato, comeu, comeu,
Preto velho velejou, velejou, velejou,
Até que nestas terras, pisou, pisou,
Andou pelas cascatas chorou, chorou,
Trabalhou no chão das matas trabalhou, trabalhou,
Preta velha velejou, velejou, velejou,
Até que nestas terras, pisou, pisou,
Rezou pelas cascatas, rezou, rezou,
E curou com a flor das matas, curou, curou,
Toda gente aqui chegou, procriou, misturou,
E a criança na terra brincou, sujou
As águas das cascatas a sede saciou, lavou,
Caia chuva sobre as matas molhando, molhando,
O dia que raiou, a noite que chegou,
A história que ficou do homem que pisou
E o povo assim passou, a terra esperando
Voltar todos depois e de novo brincando, sujando,
E de novo pisando, pisando,
Índio da Terra Brasil, negro da Terra Brasil,
Povo da Terra Brasil.