Agradece cantando, a Terra que te abriga.
Ela é o seio de amor que te acolheu
criança,
O berço que te trouxe a primeira
esperança,
O campo, o monte, o vale, o solo e a
fonte amiga...
Do seu colo desponta a generosa espiga,
Que te farta o celeiro e te rege a
abastança,
Dela surge, divino, o lar que te descansa
A mente atribulada entre o sono e a
fadiga.
Louva-lhe a própria dor amarga, escura e
vasta,
E exalta-lhe o grilhão que te encadeia e
arrasta,
Constringindo-te o peito atormentado e
aflito.
Bendize-lhe as lições da carne humilde e
santa...
A Terra é a Grande Mãe que te ampara e
levanta
Das trevas abismais para os sóis do
Infinito!...