Não
te entregues na Terra à vil mentira,
Desfaze
a teia da filáucia humana,
Que
a Morte, em breve, humilha e desengana
A
demência da carne que delira...
O
gozo desfalece à própria gana,
Toda
vaidade ao báratro se atira,
Sob
a ilusão mendaz chameja a pira
Da
verdade, celeste, soberana.
Finda
a festa de baldo riso infando,
A
alma transpõe o túmulo chorando,
Qual
folha solta ao furacão violento.
E
quem da luz não fez templo e guarida,
Desce
gemendo, de alma consumida,
Ao
turbilhão de cinza e esquecimento.
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932