No
exílio é que a alma vive da lembrança,
Numa
doce saudade enternecida,
Tendo
chorosa a vista que se cansa
De
procurar a pátria estremecida;
Com
dolorosas lágrimas avança,
Do
sonho que teceu e amou na vida,
Para
a morte, onde tem sua esperança,
Na
celeste ventura prometida.
E
Deus, que os orbes cria, generoso,
Na
vastidão dos céus iluminados,
Concede
a paz ao triste e ao desditoso
Na
clara luz dos mundos elevados,
Onde,
do amor, reserva o eterno gozo
Para
as almas dos pobres desterrados.
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932