Só
vereis clarões de luz
A
despontar nestas almas,
Tornadas
em belas palmas
Das
mansões do Criador!
Bendizei,
pois, a Jesus,
O
Mestre da Caridade,
O
Luzeiro da Bondade,
O
grande Mestre do Amor!”
Então,
eu vi que na Terra
Em
meio da iniqüidade,
Na
tremenda tempestade
Das
dores e expiações,
A
nossa alma que erra,
Tão
longe das grandes luzes,
Só
aproveita das cruzes,
Das
amargas provações.
Venturoso,
abençoei
A
dor que amaldiçoara,
Que
renegar eu tentara
Como
os míseros ateus,
E
feliz então busquei
As
bênçãos, flores brilhantes,
Alvoradas
fulgurantes
Do
amor imenso de Deus.
Ó
mães que chorais na vida
Os
vossos ternos anjinhos,
Que
quais meigos passarinhos
Cindiram
o espaço azul,
Deixando-vos
sem conforto,
O
peito dilacerado,
O
coração desolado,
A
alma tristonha e exul,
Reconhecei
que na Terra
Só
se conhecem as dores,
Os
prantos, os amargores,
As
frias noites sem luz;
E os
vossos filhinhos ternos,
Quais
centelhas luminosas,
São
as flores mais formosas
Das
moradas de Jesus.
São
mensageiros felizes
Nas
radiantes alturas,
Em
meio das luzes puras,
De
outras rútilas esferas,
Resplandecendo
imortais
Nos
espaços deslumbrantes,
Quais
reflexos brilhantes
Das
celinas primaveras.
Visitam
os vossos lares
Como
gênios protetores,
Ofertando-vos
as flores
Do
seu afeto eternal;
Osculam-vos
ternamente,
Insuflando-vos
coragem,
Ao
transpordes a voragem
Do
abismo negro do mal;
Alegrai-vos,
pois, ao verdes
Quando
partem sorridentes,
Venturosos,
inocentes,
Como
fúlgidos clarões;
Eles
farão despertar
As
alvoradas formosas,
De
luzes esplendorosas
Dentro
em vossos corações.
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932