Bombardeios.
Canhões. Trevas. Muralhas.
E
rasteja o dragão horrendo e informe,
Espalhando
a miséria e o luto enorme
Em
miserabilíssimas batalhas.
Visões
apocalípticas do mal,
Desenhadas
por corvos vagabundos,
Gritam
a dor de povos moribundos
Na
sinistra hecatombe universal.
A
civilização do desconforto,
De
mentira e veneno cerebrais,
Vai
carpindo nos tristes funerais
Do
seu fausto de sombra, amargo e morto.
Quadros
de sangue, lágrimas e horrores
Avassalam
de dor o mundo inteiro,
É o
triunfo terrível do coveiro,
Ossuários
tremendos sob as flores.
Enquanto
a desventura chora inerme,
O
homem, filosófico ou sem nome,
Morre
de frio e fel, de sede e fome,
Nas
vitórias fantásticas do verme.
Ai
de vós nos abismos da aflição,
Sem
o raio de luz da crença amiga:
Desventurado
aquele que prossiga
Sem
o Cristo de Amor no coração.
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932