A
chuva benéfica e abundante cai dos céus
Mitigando
a sede da terra.
Assim
também, o Amado faz chover sobre os homens
Os
poderes e as bênçãos.
No
entanto, choras e desesperas...
Por
que não recolheste a tempo a tua parte?
–
Nada vi – responderás...
É
porque teus olhos estavam nevoados na atmosfera do sonho.
O
Senhor passa todos os dias,
Distribuindo
os dons celestiais,
Mas
as ânforas do teu coração
vivem
transbordando de substâncias estranhas.
Aqui,
guardas o vinagre dos desenganos,
Acolá,
o envenenado licor dos caprichos.
O
Amado é incapaz de violentar a tua alma.
Seu
carinho aguarda a confiança espontânea,
Seu
coração freme de júbilo,
Na
expectativa de entregar-te os tesouros eternos...
Mas,
até agora,
Persegues
a fantasia e alimentas curiosamente a ilusão.
Todavia,
o Amado espera.
E
dia virá,
Na
estrada longa do destino,
Em
que estenderás ao seu amor infinito
O
cálice do coração lavado e vazio.
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932