Ó
minha santa mãe! era bem certo
Que
entre as preces maternas estendias
As
tuas mãos sobre os meus tristes dias,
Quando
na Terra – que era o meu deserto.
Nos
instantes de dor, bem que eu sentia
As
tuas asas de Anjo da Ternura,
Pairando
sobre a minha desventura
Feita
de prantos e melancolia.
Flor
ressequida eu era, e tu o orvalho
Que
me nutria, pobre e empalecida;
Era
a tua alma a luz da minha vida,
Meu
tesouro, meu dúlcido agasalho!...
Ai
de mim sem a tua alma bondosa,
Que
me dava a promessa da esperança,
Raio
de luz, de amor e de bonança,
Na
escuridão da vida dolorosa.
E
que felicidade doce e pura,
A
que senti após a treva e a morte,
Findo
o terror da minha negra sorte,
Quando
vi teu sorriso de ventura!
Então,
senti que as Mães são mensageiras
De
Maria, Mãe de anjos e de flores,
E
Mãe das nossas Mães cheias de amores,
Nossas
meigas e eternas companheiras!...
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932