Amigos,
tolerai o meu assunto,
(Sempre
vivi do sofrimento alheio)
Relevai,
que as promessas de um defunto
São
coisa inda invulgar no vosso meio.
Apesar
do meu cérebro bestunto,
O
elo que nos unia, conservei-o,
Como
a quase saudade do presunto,
Que
nutre um corpo empanturrado e feio.
Espero-vos
aqui com as minhas festas,
Nas
quais, porém, o vinho não explode,
Nem
há cheiro de carnes ou cebolas.
Evitai
as comidas indigestas,
Pois
na hora do “salva-se quem pode”,
Muita
gente nem fica de ceroulas...
===
Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano: 1932