Mais
se me afunda a chaga da amargura
Quando
reflexiono, quando penso
No
mar humano, encapelado e imenso,
Onde
se perde a luz em noite escura...
Nesse
abismo de treva a bênção pura,
Do
espírito de amor ao mal imenso,
Sente
o assédio do mal. É o contra-senso
Da
luz unida à lama que a tortura.
Mais
se me aumenta a chaga dolorida,
Escutando
o soluço cavernoso
Da
pobre Humanidade escravizada;
Sentindo
o horror que nasce dessa vida,
Que
se vive no abismo tenebroso,
Cheio
do pranto da alma encarcerada!
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932