Anda
a Fortuna por uma praça,
Fala
à Ventura com riso irmão,
E
mais adiante topa a Desgraça,
E
altiva e rude lhe esconde a mão.
Vaidosa
e bela, dá preferência
Ao
torpe egoísmo acomodatício,
E
entre as virtudes, na existência,
Escolhe
sempre flores do vício.
E
assim prossegue na desmarcada
Carreira
louca do vão prazer,
Como
perdida, e já sepultada,
No
esquecimento do próprio ser.
Depois,
cansada e já comovida,
Quando
só pede luz e amor,
Acorre
à Morte por dar-lhe a Vida,
E
vem a Vida por dar-lhe a Dor.
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932