Todo
esse anseio que tortura o peito,
Estrangulando
a voz exausta e rouca,
Que
em cada canto estruge e em cada boca
Faz
o soluço do ideal desfeito;
Ansiedade
fatal de que se touca
A
alma do homem mau e do perfeito,
Sobe
da Terra pelo espaço eleito,
Numa
imensa espiral, estranha e louca,
Formando
a rede eterna e incompreendida,
Das
ilusões, dos risos, das quimeras,
Das
dores e da lágrima incontida;
Essa
ansiedade é a mão de Deus nas eras,
Sustentando
o fulgor da luz da Vida,
No
turbilhão de todas as esferas!...
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932