Pudesse
o nosso olhar, vagueando os ermos,
Ver
através da própria soledade
A
expressão luminosa da Verdade,
E da
luz da Verdade não descrermos...
Preocupar-se
aí, porém, quem há de
Com
o problema de sermos ou não sermos,
Pois
que o ardente desejo de o sabermos
É
sempre o anelo falso da vaidade?
Peregrinos
da dor, na dor andamos
Sem
que a nossa miséria se desfaça
No
escabroso caminho onde marchamos,
Seguindo
a alma nos sonhos iludida,
Até
que a dor unindo-se à desgraça
Descerre
os véus que encobrem outra vida.
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Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos
Ano:
1932