Abri
minhalma para os sofredores
Na
vastidão serena dos Espaços,
Eu
que na Terra tive sempre os braços
Presos
à cruz tantálica das dores.
Epopéias
de Sons e de Esplendores,
E os
prazeres mais pobres, mais escassos,
E o
mistério dos célicos abraços,
Dos
Perfumes, das Preces e das Cores;
Tudo
isso não vejo e vejo apenas
O
turbilhão das lágrimas terrenas
–
Taça imensa de gotas amargosas!
Da
piedade e do amor eu trago o círio,
Para
afastar as trevas do martírio
Do
silêncio das noites tenebrosas.
===
Livro:
Parnaso de Além-Túmulo
Médium:
Francisco Cândido Xavier
Autor
Espiritual: Espíritos Diversos